Lá no céu escaldante da savana africana, onde o sol racha a terra e o vento canta histórias antigas, um gigante de asas largas desliza sem esforço, espiando tudo lá do alto. É o abutre-fouveiro, um veterano dos céus, vestido de penas brancas e dono de um pescoço pelado – meio esquisito, mas faz sentido. Sem essas penas, o bicho não se suja tanto quando se empanturra do que sobra da natureza.

O que Abutre-fouveiro

E que trabalho ele faz! Enquanto outros animais caçam, brigam e fogem, o abutre já sabe que, no fim das contas, todo mundo vira banquete. Ele não tem pressa. De cima, os olhos afiados vasculham a terra rachada, esperando a próxima oportunidade. Quando um festim se apresenta – um antílope que tombou, uma zebra que não teve sorte – ele e seus companheiros descem num balé meio macabro, mas essencial.

Sem ele, ah, meu amigo, o caos tomaria conta. Carniça acumulada, doenças se espalhando, um fedor de fim do mundo. Mas lá está o abutre-fouveiro, o faxineiro das planícies, garantindo que tudo volte ao pó no tempo certo.