O gnu é tipo aquele mochileiro raiz das savanas africanas. Sempre na estrada, sempre correndo atrás do próximo pasto verdinho. Com aquele jeitão desajeitado, cara larga e pelo que vai do azul ao preto, ele pode até parecer meio mal-humorado, mas na real, tá só vivendo a vida dele, no ritmo da natureza.
O que Gnu
E que ritmo! Quando bate a vontade de mudar de ares – ou melhor, de pasto –, ele junta a galera e sai em migração, num espetáculo que faz até o chão tremer. Milhares, talvez milhões, marchando como um rio vivo que corta a terra seca. No meio dessa jornada, ele não só se alimenta, mas também planta o futuro: espalha sementes, revira o solo, dá uma força pra renovar a paisagem.
Claro, nem tudo são flores (ou capins, no caso). No caminho, tem leão de olho, crocodilo de tocaia e até humanos transformando o lar dele em fazenda. Mas o gnu segue em frente, porque parar não é uma opção. E assim, sem perceber, ele se torna peça-chave no grande quebra-cabeça da savana. Um andarilho essencial, um viajante que, sem querer, carrega nos cascos a vida de todo um ecossistema.